No dia 15 de junho de 2021 reabriu as portas do centro catequético “Catequistado Beato Isidoro Bakanja” em Nloren na missão de Mansoa.
Na celebração de abertura estavam presentes:
Dom José Lampra Ca, administrador Apostólico da diocese de Bissau,
Padre Lucio Brentagani, administrador diocesano da diocese de Bissau
Padre Davide Sciocco, superior regional do PIME e missionários do PIME aqui presentes
Irmã Suzane Djebba, superiora delegada e missionarias da Imaculada aqui presentes,
Os delegados dos Bispos das Vigararias e sectores de pastoral das nossas duas dioceses
Os párocos das famílias que irão começar esta nova caminhada e as famílias
Representantes dos vilaregios perto do centro e outros convidados.
Marco Pifferi, coordenador do Centro, tomou a palavra:
“E’ com grande alegria que depois de uma pausa bastante prolongada, hoje o centro de Formação para famílias-catequistas no mundo rural “Beato Isidoro Bakanja” reabre as suas portas para acolher um novo grupo de famílias que irã começar o curso (o terceiro a ser realizado nesta estrutura) de formação integral.
O Catequistato foi uma resposta à urgência da Igreja na Guiné-Bissau, que queria ter um modelo de famílias cristãs e dar preferência às tabancas, onde era urgente a necessidade de ter “líderes” – catequistas. Desde os anos 90, no sector pastoral OIO, naquela altura formado pela missão de Mansoa, Bissora, Farim, Bigiene, se pensava em um centro para catequistas, em particular para “famílias catequistas” das tabancas.
Os missionários presentes na sua maioria eram do PIME e das Irmãs Missionárias da Imaculada.
Assim, a conscientização foi iniciada nas várias aldeias, para que a tabanca entendesse a importância da formação para a família catequista e aceitasse que a família permanecesse 3 anos para a formação dos catequistas, assumindo a responsabilidade de continuar o trabalho da família na tabanca. A própria tabanca escolheu a família e foi preparada pelos missionários por quase um ano com reuniões específicas
A Inauguração oficial do centro foi realizada pelo saudoso bispo dom Settimio Arturo Ferrazzetta no dia 28 de Junho de 1997. Primeiro curso 1997/2000 (padre Paolo Iarocci). Segundo Curso 2001/2004 (padre Luis Miranda (Pime) e Irmã Angela Casati (MdI). Doze foram as famílias que tinham participado a estes dois cursos. Alguns estão aqui presentes neste momento…
Três anos de intensa formação para toda a família fizeram com que essas famílias catequistas se tornassem agentes eficazes de evangelização e testemunhas da vida cristã na suas aldeias. Essa iniciativa é certamente necessária para a vida da comunidade cristã e, acima de tudo, nas aldeias mais interiores do país. De fato, na cultura africana, a família é o verdadeiro coração da vida social e ainda mais da vida cristã, mas continua sendo uma pequena minoria.
O Catequistado fechou as suas portas no 2004 para um momento de verifica, de avaliação do caminho feito e também para uma restruturação dos edifícios que baseando-se na experiência daquele anos, precisavam de ser modificados. Situações não sempre dependentes da nossa vontade fizeram com que este momento de pausa durasse até hoje.
Depois de quase 20 anos do ultimo curso aqui realizado em 2001-2004, o centro, também abaixo do forte impulso e esforço dos missionários do PIME e das irmãs da Imaculada, reabre as suas portas.
O Catequistado “Beato Isidoro Bakanja” é uma estrutura interdiocesana ao serviço da Igreja de Guiné Bissau. Ele tem como finalidade:
- Formar casais catequistas para o mundo rural que possam testemunhar a vida cristã e no mesmo tempo ser líderes na própria tabanca
- Dar um tipo de formação que lhe permita ser animadores rurais, promovendo o desenvolvimento na própria tabanca e no território onde vivem.
O objetivo especifico do catequistado, a sua razão de ser, portanto, è: a formação de famílias-catequistas ao serviço da igreja na Guiné Bissau. Nestes vinte anos, as exigências e as expectativas da Igreja de Guiné se evoluíram e este é uma realidade também no caminho referente a catequese.
O nosso administrados Apostólico dom José Lampra Ca e o saudoso Bispo dom Pedro Carlos Zilli, bispo de Bafata assim escreveram na carta dirigida a toda a Igreja de Guiné no passado mês de outubro:
“Para quem conhece bem a função do catequista na Paróquia/Missão, mormente da Família-Catequista, não pode não priorizar e acarinhar a sua formação……
É, sem dúvida, um dos melhores investimentos que se possa fazer, porquanto a Família-Catequista constitui uma força importante, para a vida da Paróquia/Missão e, especialmente, lá onde ela reside…”
O caminho de formação que vamos reprender hoje, ao meu ver, deverá com o tempo articular-se em três direções:
- Famílias residentes com una formação básica integral durante os três anos de vida em comum neste centro
- Catequistas não residentes (catequistas paroquiais, da cidades ou outros…) com momentos de formação “cíclicos” ou estágios durante alguns períodos do ano
- “Formadores” e “animadores” de catequistas com estágios pontuais, com temáticas especificas
Este é um sonho a longo prazo, agora vamos empregar os nossos esforços para começar realizar a primeira parte: a formação integral das famílias residentes.
A este curso que terá o período de 2021/2024 com p. Marco Pifferi e irmã Alessandra Bonfanti, ao qual queremos dar início com esta celebração, irão participar 6 famílias. A estas famílias e às suas comunidades de missão todo o nosso agradecimento por ter aceitado este importante desafio.
Ir. Alessandra Bonfanti, Delegação Guiné Bissau